Passando longe da “crise” tão anunciada pelos meios tradicionais de comunicação, o Festival Internacional de Música de Trancoso 2016 tem sessões esgotadas desde dezembro de 2015 com venda on-line de 100% dos ingressos.

45.759.417 pessoas já viram o  famoso clip de Bobby Macferrin, aquele assobio do início é inconfundível. Em Trancoso no Sul da Bahia 1.000 participantes  e convidados verão pessoalmente e bem de perto o show do consagrado músico e cantor.

No site do evento você poderá ver o currículo e perfil de cada musicista que fará parte desta grandiosa festa da música clássica e popular em 8 dias de intensas atividades. Veja o de Bobby  McFerrin que fará a abertura no dia 05/03 próximos.

” Bobby quebrou todas as regras. Dez vezes vencedor do prêmio Grammy, Bobby confundiu as fronteiras artísticas ao brincar descalço nas mais elegantes salas de concerto do mundo, ao desbravar territórios vocais até então inexplorados e ao servir de inspiração ao movimento beatbox e a toda uma nova geração de cantores a cappella.

Seu último CD, spirityouall, tem um toque de blues e uma aura de bem‐estar, mudança inesperada por parte de um rebelde da indústria fonográfica que, por conta própria, redefiniu o papel reservado à voz humana no hit a cappella, Don’t Worry, Be Happy e em parcerias com Yo‐Yo Ma, Chick Corea e com a Filarmônica de Viena, no coro de improvisoVoicestra e em lendárias performances vocais solo.

Ele promoveu a mais silenciosa e delicada das revoluções. Bobby McFerrin sempre foi um astro pop inusitado. Logo no início da carreira, criou um hit que não saía da cabeça das pessoas e que por um longo período liderou a lista das músicas mais ouvidas. Depois disso, seguiu tranquilamente em busca de sua própria jornada musical iconoclasta.

Apresentou improvisos em cadeia nacional de TV, cantou melodias sem letra, criou, com muita naturalidade, peças para 60 mil coristas em um estádio alemão, ignorou fronteiras de gênero, desafiou todas as expectativas.

A maioria não sabe que Bobby vem de uma família de cantores. Seu pai, o barítono de ópera Robert McFerrin, deu voz às canções interpretadas pelo ator Sydney Poitier no filme Porgy & Bess. Sua mãe, Sara, era uma excelente soprano solista e professora de canto.

Bobby cresceu cercado de todo tipo de música. Costumava reger Beethoven diante do aparelho de som aos três anos de idade; ficar escondido embaixo do piano enquanto seus pais lecionavam para jovens cantores; dançar pela casa para Louis Armstrong, Judy Garland, Etta Jones e Fred Astaire.

Quando criança, tocou clarinete a sério, mas a carreira de pianista iniciou‐a aos 14 anos de idade. Liderou seus próprios grupos de jazz, estudou composição, partiu em turnê com a banda do espetáculo de patinação no gelo Ice Follies, tocou em aulas de dança. Um dia, caminhando de volta para casa, se deu conta de que de fato sempre fora cantor.

A história de Bobby como instrumentista e líder de banda é essencial para entendermos sua abordagem inovadora no mapeamento de harmonia e ritmo (assim como melodia) através da voz. “Eu não consigo cantar tudo de uma vez”, diz, “mas posso sugerir algo, de modo que o público escute mesmo aquilo que não canto”.

Esse espírito pioneiro e esse virtuosismo abriram todo um universo repleto de novas possibilidades para os cantores. Foi assim com os experimentos de Bobby na gravação multicanal de voz (em Don’t Worry, Be Happy há overdub de sete faixas vocais distintas; em seu álbum coral VOCAbuLarieS, com Roger Treece, há milhares).

Mas a questão não é o virtuosismo. “Eu procuro não fazer performances no palco”, afirma Bobby. “Tento cantar do mesmo jeito que canto na minha cozinha, porque não consigo me conter. Quero que o público volte pra casa e também cante na cozinha no dia seguinte. Quero que o público tenha a mesma sensação incrível de alegria e liberdade que eu experimento quando canto”.”